terça-feira, 13 de abril de 2010

JUSTIÇA CAOLHA E DESUMANA

Professor Nazareno*

Existe uma piada bastante conhecida afirmando que um brasileiro zomba de um boliviano porque o país vizinho tem um Ministério da Marinha e não tem mar. “Isso é um verdadeiro absurdo!”, protesta o nosso compatriota. O boliviano calmamente responde que isso é normal, pois no Brasil existe um Ministério da Justiça. Brincadeiras à parte, a resposta do boliviano foi um tapa com luva de pelica. No Brasil deve existir justiça que justifique um ministério, mas são cada vez maiores “as injustiças” que acontecem. A começar pelo Judiciário. É o único dos três poderes constituídos da Nação que não precisa de voto nem de eleições para escolher os seus dirigentes e mandatários. Advogado formado só é advogado depois do Exame da Ordem. E ainda são doutores, pode? Democracia rota, essa.

Por isso é cada vez mais popular outra piada, essa dentro dos próprios tribunais e entre os meios jurídicos, afirmando que de cada dez juízes no Brasil, sete acreditam que são Deus e os outros três têm certeza. Lógico que não se pretende aqui desmerecer a importância do Poder Judiciário para uma sociedade democrática, que tem como um dos seus pressupostos básicos a harmonia e a independência entre os três poderes. O problema é que ao se observar a atuação do Judiciário brasileiro, cada vez mais estamos propensos a dar razão ao boliviano da primeira piada. As decisões judiciais, de um modo geral, têm privilegiado aos mais endinheirados da nossa sociedade em detrimento dos menos favorecidos.

Veja-se a desapropriação acontecida recentemente no chamado bairro Roberto Sobrinho em Porto Velho. Havia uma ordem de reintegração de posse e as 400 famílias que estavam morando lá deviam sair imediatamente e abandonar suas casas e pertences. A ordem judicial tinha que ser cumprida e para isso a Polícia Militar do Estado de Rondônia por meio da temida COE foi acionada. Qualquer magistrado daqui sabe que este braço da nossa PM é de uma brutalidade desmesurada. Sempre costuma medir forças com quem não as tem e é detentora de um retrospecto vastíssimo em matéria de truculência. No quartel da COE parece não existir cérebros, só músculos. Estratégia em gestão de conflitos, nem pensar. Ali é tudo na força bruta mesmo. Direitos humanos? Só se for em Corumbiara...

É simples e cômodo assinar uma ordem, um papel, num gabinete com ar condicionado e sob um salário europeu. Nas democracias é praxe fazer-se cumprir uma ordem judicial. Mas o direito à propriedade é maior do que o direito à dignidade, o direito à vida? Os magistrados podem até estar certos ao interpretar a lei. Mas o que é a lei diante de mulheres e crianças chorando e implorando para não terem seus parcos pertences destroçados por aquele ato de puro vandalismo? A lei é uma letra fria num pedaço de papel. E quem faz a lei? De um modo geral, os políticos (logo eles) via Legislativo. Pessoas, mesmo as mais pobres, são emoções, sentimentos, esperanças, vidas. Por que as deixaram criar raízes naquele lugar para só depois agir dessa maneira? Falta de humanidade ou mesmo indiferença?

A justiça que expulsa pessoas pobres de suas casas aos açoites é a mesma que permite, grosso modo, a participação nas próximas eleições de sanguessugas, mensaleiros e de toda a sorte de candidato “ficha-suja”. Parece ser apenas a justiça dos ricos e privilegiados. No entanto, neste episódio ficou algo de bom: a ação desastrada, intempestiva e mal conduzida da COE sequer respeitou os políticos que apareceram por lá “à cata de votos” num ano eleitoral. Sobrou “porrada” para todo mundo. E político levando tiro da polícia, correndo sob bombas de gás de pimenta (a nossa PM está ficando exímia nesse tipo de arma), levando cacetadas nas costas é uma cena impagável. Algo imperdível e gostoso de ver mesmo nas democracias onde vez ou outra os poderes constituídos também se estranham.

Leciona em Porto Velho.

segunda-feira, 20 de julho de 2009











O mercado de trabalho é a única saída para a pobreza no Brasil, de acordo com estudo apresentado hoje (21) pelo economista Roberto Cavalcanti de Albuquerque, diretor técnico do Fórum Nacional, realizado pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no Rio de Janeiro.
“A única saída persistente, segura, cidadã, autônoma para a pobreza é o emprego, a ocupação geradora de uma renda e de seguro social razoável”, afirmou Cavalcanti, em entrevista à Agência Brasil. O estudo mostra como estão os pobres diante do mercado de trabalho. E a resposta é que “eles estão muito mal, porque o mercado de trabalho, hoje, exige qualificação”. Cerca de 70% dos pobres são analfabetos funcionais.
De acordo com a pesquisa, o mercado de trabalho está empregando “preponderantemente” pessoas com maior nível de escolaridade. Ou seja, mais de 76% das pessoas contratadas têm nove anos ou mais de estudo. “Há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda por trabalho. De outro lado, a política de qualificação da pobreza é muito mais baixa do que o nível de qualificação dos não pobres”.
Cavalcanti destacou a necessidade de se fazer, no Brasil, um grande esforço de educação e qualificação das populações mais pobres para que elas possam ser inseridas no mercado de trabalho. “E talvez, até, um esforço de intermediação no mercado. O governo tem instrumentos para isso”, disse. Ele advertiu, porém, que isso deve ser feito em nível municipal ou, no máximo, microrregional.
Na avaliação do economista, a pobreza é má inserção econômica e má inclusão social. A taxa de desemprego entre os pobres em 2007 atingiu 19,7%, contra uma taxa de desemprego global no país de 8,4%. Dentre os empregados, a percentagem dos pobres com carteira assinada chega a 45%, contra 88% do total de empregados da população. Para Cavalcanti, o grande problema da informalidade está na pobreza.

domingo, 12 de julho de 2009

COMO AVALIAR UM PROFESSOR?

O PERFIL DO BOM PROFESSOR
O bom professorinteligência afectivaNão querem um super-professor. Querem apenas alguém que os apoie. Pode também ser compreensivo. E se não for pedir muito: divertido e bem disposto. Se não, pelo menos que cumpra a sua função principal: a de explicar bem a matéria. Este é o perfil do professor que o aluno gosta de ver na sala de aula.À pergunta responde com um sorriso contido. De quem nunca tinha pensado no assunto. Eleva as sobrancelhas. Leva a mão ao queixo e atira: “O bom professor é aquele que se preocupa com os alunos.” Ultrapassado o bloqueio inicial a resposta prolonga-se. “E que tenta explicar a matéria da melhor forma possível para todos os que tenham dificuldades”. Um momento de pausa. “Tem também de ser bom conversador e apoiar os alunos”, conclui Rui Couto, 19 anos, a frequentar o 11º ano. Por ter encontrado nele estas características, o professor de Geografia que apanhou no 9º ano merece de Rui Couto um elogio rasgado. “Era um store espectacular!”, recorda saudoso. O mérito do também director de turma estava no facto de não só dar bem a matéria, como de estar sempre bem disposto e brincar muito nas aulas. O reconhecimento do aluno encontra eco na opinião de sua mãe. Elvira Couto, que sempre acompanhou as reuniões de pais com o director, reconhece que ele “mostrava conhecer o feitio de cada aluno”. Ou seja: sabia quem eram os alunos mais extrovertidos ou introvertidos. O que o levava, segundo a educadora, “a dar as aulas de forma mais personalizada”. Uma qualidade que Elvira Couto acredita ser apanágio do bom professor.Ao herói da Geografia, Rui Couto contrapõe o professor de Matemática do 7º ano. De sobrancelhas franzidas o aluno explica a razão do desmérito: “Só despejava matéria!” Mas o pior é que “nunca explicava o que dava”. E por isso, lamenta, “só os melhores acompanhavam as aulas.” Os outros, encolhe os ombros, “não percebiam nada!” Depois, “fazia uns testes muito difíceis!”, remata.Entre afectos e competênciaA professora que ficou no coração de Filipa Sousa, 16 anos, a frequentar o 10º ano, deu-lhe Matemática. “Gostava muito de nós e era muito nossa amiga”, recorda com carinho. “Mas isto não significa que ela facilitasse nos testes!”, muito pelo contrário, esclarece a aluna procurando evitar mal entendidos. Esta separação das águas é comum entre os alunos. Seja qual for a idade. “O aluno distingue, claramente, a dimensão afectiva do professor da informativa”, a que define o docente como transmissor de ensinamentos, esclarece Emília Costa, coordenadora do Serviço de Consulta Psicológica da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação. O professor ideal será o que conseguir juntar as duas, conclui. Para João Monteiro, 20 anos, estudante universitário, o bom professor “tem de se dar bem com os alunos, ser comunicativo e estar bem preparado.” Tal como o seu professor de Psicologia do 11º ano cuja “maneira de ensinar cativava”, porque “sabia interessar os alunos pela matéria”. Mas nem todos os professores conciliam afectos e competência. João Monteiro concorda: “Tive um professor de História que não se dava bem com ninguém, mas via-se que ele era barra naquilo que ensinava”. A questão é: entre um professor simpático e compreensivo que explique mal a matéria e o seu antónimo, o que preferem os alunos? As respostas variam. João Monteiro abdicava de bom grado da simpatia. Para Filipa Sousa a escolha é difícil. “Sobretudo nesta altura em que preciso de tirar boas notas”, esclarece. Talvez por isso a aluna esteja mais inclinada para votar na professora antipática que explica bem a matéria. Já Rui Couto não hesita em deitar fora a competência.Miúdos exigentesApesar de recém-chegada ao ensino básico, Inês Rosa, 10 anos, já sabe dizer com todas as letras quais as características do bom professor. “Não deve berrar com os alunos”, diz com seriedade. Ao seu lado Micaela Garcia, 11 anos, acena a cabeça para cima e para baixo como que a corroborar as palavras da amiga. E só para que se saiba acrescenta que boa professora é a sua directora de turma. Porque é “muito calma”. Paula Vicente, aguarda o filho à porta da escola. Por ser professora, a mãe tem receio que a sua resposta não seja válida. Para ela um bom professor tem, acima de tudo, de ser “bastante humano, demonstrar afectividade e criar uma empatia com os alunos.” Pelo menos é isso que tenta fazer dentro da sala de aulas. Já Eduardo Vicente, 10 anos, a frequentar o 5º ano, tem uma definição de bom professor que deixa a mãe boquiaberta. “Tem de ser exigente!” O que, para Eduardo, significa ter de marcar muitos trabalhos para casa. A exigência é também para Teresa Oliveira, 13 anos, no 7º ano, uma das qualidades do bom professor. Daí que as professora que menos gostou até ao momento tenha sido “uma que não dava matéria porque passava a aula a falar dos filhos.” O pior, reflecte Teresa indignada, “é que ainda por cima faltava muitas vezes!”Respostas como estas podem até surpreender pais e professores, mas são “perfeitamente normais” para Emília Costa. “Os miúdos são muito mais exigentes e críticos em relação às competências do professor”, constata. Além disso, quando uma criança aceita ou compreende certas regras – como, por exemplo, a da assiduidade – pode torna-se mais exigente quanto ao seu cumprimento do que um adulto. Até mesmo por uma questão de segurança. O mesmo se pode aplicar aos adolescentes. “Ambos precisam de regras”, esclarece a psicóloga, acrescentando que “a maioria dos adultos não entende isso” e até confunde facilitismo com alguma flexibilidade.O nível científico e as relações humanasNão é por acaso que quase todos nós temos um professor que nos marcou pela positiva e pela negativa. E essa avaliação tem sempre uma dimensão afectiva e não só ao nível da competência. Mas para Emíla Costa “o grande problema é que a universidade prepara os professores ao nível científico mas não ao nível das relações humanas.” Que todavia, “só se aprendem conforme nos vamos relacionando com os outros”, esclarece. Por outro lado, avisa a psicóloga, “o facto de um professor não ter dificuldades ao nível dos relacionamentos interpessoais não significa que seja um excelente profissional”. Ou vice-versa.Para dar atenção a um aluno, o professor precisa de ter tempo para conversar com ele a sós, ou no final da aula. “E se calhar ele só tem um intervalo minúsculo que lhe dá para tomar um café”, adverte a psicóloga, estando assim “um pouco limitado”.Limitada é também a tentativa de definir o “professor ideal”. Não há modelo a seguir. No entanto, Emília Costa arrisca uma definição pessoal. “O professor ideal seria alguém com uma boa capacidade de comunicação, competente, exigente com ele próprio e em relação à aprendizagem do aluno. Mas sempre atento à dimensão afectiva.”

Jakeline estuda na Faculdade São Lucas

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

OS GASTROSSEXUAIS

Uma revolução subestimada. É assim que foi classificada por uma pesquisa britânica a chegada dos homens às cozinhas do país.
Os números impressionam: desde 1961 o tempo que os homens passam cozinhando e lavando louça aumentou mais de cinco vezes, de meros cinco minutos para 27 minutos diários.
A atividade, que antes era vista como algo para os "efeminados", agora virou coisa de macho, graças (ainda segundo a tal pesquisa, encomendada por um grupo de produtos alimentícios chamado PurAsia) à imagem passada por chefs famosos como Jamie Oliver (na foto com a esposa) e Gordon Ramsay. Cozinhar, hoje em dia, faria os homens passarem uma imagem mais sofisticada e moderna.

Mas o melhor é a nova categoria criada na tal pesquisa, a dos gastrossexuais. Segundo o documento, os gastrossexuais são, em sua maioria, homens entre 25 e 44 anos, bem-sucedidos e com uma paixão por culinárias do mundo todo.

E por que eles estariam tão interessados em comida?

1 - Como um hobby, uma forma de se atualizar
2 - Para receber elogios, já que os gastrossexuais gostam de exibir suas habilidades
3 - Para impressionar namoradas em potencial ou mesmo para seduzir

Ao contrário do que se imaginaria, eles não cozinham só em churrascos e em festinhas para os amigos. 53% dos entrevistados aqui na Grã-Bretanha disseram cozinhar usando diferentes ingredientes (logo não apenas abrindo uma lata ou esquentando alguma coisa no microondas) quase todos os dias! E garantem que preferem preparar elaborados pratos estrangeiros no lugar das receitas mais tradicionais.
É uma tendência interessante...desde que eles não abandonem as panelas e espátulas assim que arrumarem uma mulher, claro.

terça-feira, 1 de julho de 2008

SOJA ALIMENTO RICO EM PROTEINAS

Um alimento milenar está roubando a cena no reino dos hambúrgueres e das batatas fritas: os americanos se renderam à soja. Não só vegetarianos, naturalistas e afins ou apreciadores das culinárias chinesa e japonesa, que a utilizam em larga escala há 5 000 anos. Seus admiradores crescem na população em geral.As vendas do leite de soja, segundo o respeitado The Wall Street Journal, cresceram nos EUA 38% no intervalo de um ano. E, além dos derivados tradicionais, como o leite e o queijo (tofu), já existem, naquele país, hambúrguer, margarina e até mesmo sorvete de soja.Tudo indica que não se trata apenas de mais um modismo. Estudos publicados em periódicos científicos de renome têm mostrado que a soja é um aliado da saúde, principalmente para a mulher. O reconhecimento oficial veio na década passada com a descoberta de compostos químicos similares ao hormônio feminino estrógeno: as isoflavonas. Graças a elas, o grão foi incluído no rol dos alimentos funcionais, aqueles que além de nutrientes oferecem substâncias capazes de prevenir doenças, informa um dos especialistas brasileiros no assunto, o professor titular de Cirurgia Álvaro Carvalho Morais, da Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, ES.

Tudo de bom

Boa de mesa.
A presença de grande parte dos nutrientes necessários a uma dieta equilibrada - carboidratos, gorduras, proteínas, fibras, minerais e vitaminas - fazem dessa leguminosa um alimento quase completo. Quase por ser deficiente em algumas vitaminas (A e D) e minerais (sódio), embora forneça doses generosas de vitaminas do complexo B, ferro, cobre, magnésio, manganês, fósforo, potássio, zinco e cálcio (sobretudo no tofu).
Boa para o intestino.As fibras da soja estimulam seu funcionamento, além de auxiliar no controle do colesterol e na redução dos níveis de glicose no sangue dos diabéticos.
Boa para o coração.As gorduras predominantes no grão são as poliinsaturadas e as monossaturadas, as melhores para evitar distúrbios cardíacos. Suas proteínas também são um aliado do coração. "Elas abaixam o mau colesterol (LDL) e os triglicérides e promovem um discreto aumento nas taxas do bom colesterol (HDL)", informa o cardiologista e nutrólogo Carlos Daniel Magnoni, responsável pelo Serviço de Terapia Nutricional do Hospital do Coração, em São Paulo. Em 1999, o órgão americano encarregado de controlar alimentos e remédios, o FDA, divulgou um documento reconhecendo que o consumo diário de 25 g de proteína da soja contribui para a prevenção da doença coronariana.
Boa proteína."A soja é o único vegetal que contém uma proteína completa com qualidade equivalente à considerada padrão-ouro, a albumina do ovo", escreveu o dr. Álvaro Morais num artigo publicado na Revista Brasileira de Nutrição Clínica. Proteína completa é a que fornece os nove aminoácidos essenciais à saúde, que não são produzidos no organismo e têm que ser supridos pela alimentação. Nisso, a leguminosa não deve nada à carne, ao leite e ao ovo.

SOJA ALIMENTO RICO EM RP

Um alimento milenar está roubando a cena no reino dos hambúrgueres e das batatas fritas: os americanos se renderam à soja. Não só vegetarianos, naturalistas e afins ou apreciadores das culinárias chinesa e japonesa, que a utilizam em larga escala há 5 000 anos. Seus admiradores crescem na população em geral.As vendas do leite de soja, segundo o respeitado The Wall Street Journal, cresceram nos EUA 38% no intervalo de um ano. E, além dos derivados tradicionais, como o leite e o queijo (tofu), já existem, naquele país, hambúrguer, margarina e até mesmo sorvete de soja.Tudo indica que não se trata apenas de mais um modismo. Estudos publicados em periódicos científicos de renome têm mostrado que a soja é um aliado da saúde, principalmente para a mulher. O reconhecimento oficial veio na década passada com a descoberta de compostos químicos similares ao hormônio feminino estrógeno: as isoflavonas. Graças a elas, o grão foi incluído no rol dos alimentos funcionais, aqueles que além de nutrientes oferecem substâncias capazes de prevenir doenças, informa um dos especialistas brasileiros no assunto, o professor titular de Cirurgia Álvaro Carvalho Morais, da Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, ES.

Tudo de bom

Boa de mesa.
A presença de grande parte dos nutrientes necessários a uma dieta equilibrada - carboidratos, gorduras, proteínas, fibras, minerais e vitaminas - fazem dessa leguminosa um alimento quase completo. Quase por ser deficiente em algumas vitaminas (A e D) e minerais (sódio), embora forneça doses generosas de vitaminas do complexo B, ferro, cobre, magnésio, manganês, fósforo, potássio, zinco e cálcio (sobretudo no tofu).
Boa para o intestino.As fibras da soja estimulam seu funcionamento, além de auxiliar no controle do colesterol e na redução dos níveis de glicose no sangue dos diabéticos.
Boa para o coração.As gorduras predominantes no grão são as poliinsaturadas e as monossaturadas, as melhores para evitar distúrbios cardíacos. Suas proteínas também são um aliado do coração. "Elas abaixam o mau colesterol (LDL) e os triglicérides e promovem um discreto aumento nas taxas do bom colesterol (HDL)", informa o cardiologista e nutrólogo Carlos Daniel Magnoni, responsável pelo Serviço de Terapia Nutricional do Hospital do Coração, em São Paulo. Em 1999, o órgão americano encarregado de controlar alimentos e remédios, o FDA, divulgou um documento reconhecendo que o consumo diário de 25 g de proteína da soja contribui para a prevenção da doença coronariana.
Boa proteína."A soja é o único vegetal que contém uma proteína completa com qualidade equivalente à considerada padrão-ouro, a albumina do ovo", escreveu o dr. Álvaro Morais num artigo publicado na Revista Brasileira de Nutrição Clínica. Proteína completa é a que fornece os nove aminoácidos essenciais à saúde, que não são produzidos no organismo e têm que ser supridos pela alimentação. Nisso, a leguminosa não deve nada à carne, ao leite e ao ovo.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

CUIDADO COM O QUE VOCE ESTÁ COMENDO

PIRÂMIDE DA ALIMENTAÇÃO
A Pirâmide é dividida em grupos de alimentos e de cada grupo devemos ingerir um determinado número de porções:
1. Gorduras, óleos e açucares e frituras (usar raramente), devem ser ingeridos naturalmente e estão presentes em vários grupos de alimentos não sendo necessário adicioná-los . ;2. Leite, iogurtes e queijos (2-3 porções por dia » 1 porção= 1xícara de leite ou iogurte, 40 g de queijo ou 60g de queijo leve);3. Carne de boi, porco, aves e peixes; Grãos (feijão, ervilha, soja, lentilha, grão de bico); ovos e nozes (2-3 porções por dia » 1 porção= 60 a 90 g de carne - magra, ave ou peixe, ou 1 ovo ou 1/3 de xícara de grãos) ;4. Legumes e hortaliças (3-5 porções por dia » 1 porção=1 xícara de vegetais crus, ½ xícara de vegetais cozidos ou picados crus ou ¾ de xícara de suco de vegetais);5. Frutas (2-3 porções por dia » 1 porção= 1 pedaço médio, ½ xícara de "vitamina" ou ¾ de xícara de suco de frutas);6. Pães, cereais, arroz e macarrão (6-11 porções por dia » 1 porção= 1 fatia de pão, 30 g de cereal pronto,½ xícara de cereais cozidos, arroz ou macarrão, ou 5-6 bolachas pequenas).
O número ideal de porções para cada indivíduo depende de seu gasto calórico total diário, quase todos os indivíduos se enquadram no menor número de porções médias apresentadas acima. Cada um desses grupos de alimentos proporcionam alguns, mas não todos os nutrientes que precisamos. Nenhum grupo é mais importante que o outro. Para adquirirmos e mantermos boa saúde necessitamos consumir todos os grupos em conjunto e equilibradamente. É aconselhável não abusar das gorduras, açúcares ou alimentos da base da pirâmide.
Segundo McARDLE (1992), uma dieta equilibrada deve conter:
50% - 60% Carboidratos20% - 25% Lipídeos 10% - 15 % Proteínas
Recentemente, o National Research Concil, citado por WILLIAMS (1995), estabeleceu através de pesquisas sobre dieta e saúde algumas recomendações para uma Dieta Saudável e Equilibrada. Veja abaixo:
ATINJA E MANTENHA UM PESO CORPORAL SAUDÁVEL ATRAVÉS DE UMA ALIMENTAÇÃO BALANCEADA E ATIVIDADES FÍSICAS .
1. Alimente-se de uma dieta adequada consistida de grandes quantidades de alimentos naturais e integrais.2. Mantenha a ingestão adequada de ferro e cálcio de acordo com o sexo e faixa etária. Principalmente crianças e mulheres.3. Mantenha uma ingestão adequada de proteínas.4. Escolha uma dieta com boa quatidade de carboidratos e fibras como: amido, legumes, frutas e vegetais , especialmente vegetais escuros e amarelos .5. Utilize o açúcar com moderação.6. Escolha uma dieta baixa em gordura, gorduras saturadas e colesterol.7. Consuma sal e sódio em moderação.8. Crianças e outros com predisposição a queda de dentes deve comsumir flúor e menos açúcares.9. Evite consumir os complementos alimentares.10. Evite ao máximo consumir alimentos que contenham conservantes.11. Em caso de consumo de álcool , fazê-lo em moderação . Mulheres grávidas devem evitar.
COMO PODEMOS CONSEGUIR PERDER PESO ATRAVÉS DA DIETA?
De acordo com WILLIAMS (1995), a chave para perda de peso também pode ser o Défit Calórico. O indivíduo, em síntese, deve ingerir, basicamente, a quantidade de alimento necessária para suprir a energia gasta diariamente. A energia não aproveitada pelo organismo é estocada em forma de gordura, gerando a obesidade. A fim de conseguirmos um equilíbrio entre o ganho e a perda de energia, podemos lançar mão do método da CONTAGEM DE CALORIAS. Quanto maior for o déficit calórico, mais rápido se consegue a perda de calorias, através da dieta, porém programas de perda de peso rápido não são recomendados.
CONTAGEM DE CALORIAS (ver tabela de alimentos)
A contagem de calorias pode não ser um método muito prático para a maioria das pessoas que geralmente não têm tempo para elaborar um cardápio com limites calóricos, mas por outro lado pode ser muito útil nos primeiros estágios da dieta , pois tendo conhecimento do que se come propicia-se substituir um alimento altamente calórico por outro de baixa caloria.
No início a contagem exige um certo esforço , mas uma vez que você aprende, se torna um estilo de vida, pois você passa a dar preferência aos alimentos nutritivos podendo eliminar a contagem de calorias (WILLIAMS ,1995) . Como saber quantas calorias devemos ingerir?
Caloria é uma medida usada, frequentemente, para expressar o calor ou valor energético do alimento e da atividade física. Através do método de calorimetria direta descobriu-se que cada alimento libera um determinado calor ao ser queimado. O calor liberado pela queima é enunciado como o valor energético do alimento. Por exemplo: uma colher de margarina ao ser queimada são liberadas 100 kcal., ou seja, no organismo esse alimento sofre o mesmo processo liberando a mesma quantidade de energia.
Cada alimento tem seu valor específico VER TABELA EM ANEXO, ao somarmos as calorias ingeridas através dos alimentos conseguimos controlar o excesso na ingestão e consequentemente a obesidade (McARDLE ,1992).
Para contarmos as calorias, basta fazermos um levantamento do que o indivíduo ingere durante 3 à 7 dias. Determinamos o valor calórico de cada alimento , fazemos a somatória e em seguida fazemos a média dos valores encontrados para determinar o consumo calórico geral diário Veja o exemplo abaixo dessa contagem...
INQUÉRITO ALIMENTAR
Sugerimos aqui uma alimentação de um dia inteiro de uma menina de 8 anos que não se alimenta equilibradamente, que é um exemplo típico da alimentação de criança na atualidade nas grandes cidades.
CAFÉ DA MANHÃ1 banana média1copo grande de toddy c/ leite(250 ml)1 pão francêsManteiga (1 colher de sopa)
VALOR ENERGÉTICO100 kcal 310 kcal150 kcal105 kcal
LANCHE (RECREIO)
1 coca-cola (240 ml)1 pedaço de bolo de chocolate100g de sorvete Kibon
96 kcal 250 kcal175 kcal
ALMOÇO (MAC DONALD'S)
1 big mac1 batata frita média1 coca-cola (240 ml)1 sorvete ( 125 g)
540 kcal220 kcal96 kcal 145 kcal
LANCHE ( EM CASA )
1 vitamina de frutas com leite (200 ml)
200 kcal
JANTAR
2 fatias de pizza congelada1 coca-cola1 colher (de sobremesa) de ketchup
280 kcal 96 kcal20 kcalTOTAL: 2783 Kcal
Suponhamos que gasto total de energia dessa menina seja 1512 kcal diária (taxa de metabolismo basal + taxa de atividade ocupacional + atividade física) e ingerindo cerca de 2783 por dia , significa que terá como excesso 1271 kcal acumuladas em uma semana , que se transformado em gordura, irá representar para essa menina um acréscimo de:
1 kg de gordura corporal = 7700 kcalExcesso de calorias ingeridas :
= 1271 kcal/dia x 7 dias na semana= 8897 kcal/semana= 8897 kcal/semana / 7700 kcal/kg = 1, 15 kg
De gordura corporal corporal adquiridos a cada semana em que ela persistir com esta dieta.
Se esta menina estiver intensionada a perder peso deve mudar seu hábito alimentar diário, para não obter os excessos através da dieta hipercalórica, ingerindo menor número de calorias que seu consumo calórico diário exige. Se ela quiser manter seu peso atual deve apenas ingerir em torno de 1512 kcal /dia satisfazendo suas necessidades energéticas diárias.
PROCEDIMENTOS PARA REDUÇÃO DE CALORIAS NA PREPARAÇÃO DE ALIMENTOS (WILLIAMS,1995)
1. O ponto principal é escolher alimentos de baixa caloria e de alto valor nutritivo baseado na pirâmide da alimentação. Evite os alimentos refinados. Se comprar alimentos prontos evite os que contenham calorias elevadas. Observe o rótulo das embalagens quanto a quantidade de gordura e calorias .
2.Reduza a quantidade de gordura na dieta (não mais que 30% na dieta ) pois podem estimular o apetite. O depósito de gordura nos tecidos adipósos parece ser mais eficiente que dos carboidratos e proteínas.
3. Reduzir a quantidade de açúcar refinada na dieta através da restrição própria açúcar ou adoçantes artificiais.
4.Utilizar derivados do leite tentando reduzir o excesso de calorias, retirando -se a gordura como: leite desnatado, leite em pó desnatado, queijos magros, yogurtes com baixo teor de gordura . Evitar alimentos integrais como: creme de leite e leite integral.
5.Os derivados da carne são ricos em proteína mas contêm excesso de calorias. Utilizar com preferência as carnes magras Dar preferência a: Peixes, galinha, ovos (clara). Ao cozinhar, retire ao máximo a gordura e se comer em restaurantes, escolha pratos pobres em calorias como: frango grelhado, carnes magras e saladas.
6.Os pães integrais são ricos em vitaminas, minerais e fibras. Utilize paes de centeio, cereais, arroz integral, aveia, feijão, farelo de trigo para uma dieta rica em fibra. Evite alimentos com adição de açúcar e gorduras.
7.As frutas e seus derivados são ricas em vitaminas e fibras, selecione frutas frescas ou em latas , mas que sejam enlatadas em seus próprios sucos. Evitar aquelas conservadas em melados. Reduzir o consumo de frutas secas, pois contêm alto teor de calorias. Comer pelo menos uma fruta cítrica diariamente.
8.Os derivados de vegetais são pobres em calorias mas ricos em vitaminas, minerais e fibras. Selecione aqueles de folhas verdes escuros e de flolhas laranjadas e amarelas . Alimentos de baixa caloria como: cenoura , rabanetes, e aipo são muito nutritivos para se comer entre as refeições. As frutas e vegetais fornecem volume a dieta e uma sensação de estar satisfeito após comê-los, sem excesso de calorias.
9.Usar o mínimo possível de derivados de gordura como: môlhos para salada, manteiga, margarina e óleos de cozinhar. Não preparar os alimentos com óleos utilizados anteriormente para frituras e utilizar panelas ante-aderentes como teflon .
10.Bebidas como leite, sucos e refrigerantes devem ser pobres em calorias. O consumo de líquidos deve ser alto para que crie uma sensação de satisfação durante as refeições A água é o flúido mais recomendado mas podem ser consumidos também as bebidas dietéticas, cafés, chás misturados à adoçantes.
11.Reduzir o consumo de álcool, pois é calórico e não possui nenhum nutriente. 1g de álcool equivale a 7 calorias. As cervejas "light" economizam cerca de 50 kcal.
12.O consumo de sal deve ser reduzido para a quantidade normal encontrada nos alimentos. Tentar substituí-lo por ervas secas melhorando o sabor.
13.Ao invés de ingerir 2 ou 3 refeições diárias, faça 5 ou 6 pequenas. Dê preferência aos alimentos com baixas calorias e nutritivos entre as refeições.
14.Somente cozinhe pequenas porções de alimentos por refeição, ou seja, o suficiente para evitar-se a tentação das repetições.
15.Pesquisar , quais são os alimentos pobres em calorias em cada um dos derivados dos alimentos e introduza aqueles agradáveis ao seu paladar. Aprender a substituir alimentos de baixa caloria pelos ricos .

segunda-feira, 23 de junho de 2008



Os baixos salários, as pressões sociais e o excesso de carga de trabalho gram um volumede desafios que recicla ofenômenoda psicoadaptação, gerando uma revolução criativa que produz sonhos de superação, que estimula o resgate da liderança do "eu".
Jana e Jack na FSL


"A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar"

Sun Tzu

Jakeline Sá - Acadêmica de Nutrição